“O Ano em que morreu o rei Uzias”
A soberba precede a ruína – Provérbios 16.18.
Leia Isaías 6. 1- 13.
Palavra ministrada em
05/08/12
ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTÉRIO SANTOS
A PUREZA E A PREEMINÊNCIA DO SENHOR
Foi no ano em que o rei Uzias morreu que o profeta
Isaías viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Perguntamo-nos a
nós mesmos se isto foi mera coincidência ou será que o momento foi escolhido
por Deus? Foi planejado por Deus e por um propósito. O contraste entre o Senhor
e o rei Uzias e entre o Senhor e Isaías era grande demais para ser
medido.
O nome Uzias significa “O Senhor é a minha força”, enquanto
Azarias significa “A quem o Senhor ajudou”.
O Reinado de Uzias.
O reinado de Uzias durou 55 anos, em 791 a 740 a.C. um dos reis
de Judá que reinou por mais tempo. O seu reinado terminou. Uzias, sendo mortal,
morreu. O seu filho, Jotão, reinou em seu lugar. As rédeas de governo passaram
a outro.
O Senhor Deus não ocupou o trono do Universo por cinqüenta
anos, nem por quinhentos anos. O reinado de Uzias começou e terminou, mas o
Trono de Deus é eterno. Ele não começou a reinar e o Seu reino nunca terminará.
Deus é eterno como é o Seu trono. Deus não é um ser mortal. Por isso, nunca
será vencido pela morte. O seu reino nunca passará para outra pessoa.
Lemos que Uzias começou a prosperar, o seu renome a
espalhar-se até a entrada do Egito e se fortaleceu (2 Crônicas 26. 5,8,16).
Uzias tinha um exército composto de vários regimentos. Dois mil e seiscentos
valentes comandavam estes regimentos. O exército em si era formado de 307.000
homens, todos eles homens de grande coragem (2 Crônicas 26. 11-13).
A sua prosperidade e força vieram do Senhor. O rei
de Judá era conhecido por dois nomes, Azarias e Uzias, e estes nomes indicam a
origem da sua força, pois, “Azarias” significa “Jeová ajuda” e “Uzias”
significa “força de Jeová”.
Ninguém jamais fortaleceu o Senhor Deus, pois é
Onipotente. Ninguém pode acrescentar nada àquilo que Deus possui, pois é o Dono
de tudo. Tudo pertence a Ele, a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os
que nele habitam. (Salmo 24.1). O Deus Soberano tem à Sua disposição e ao Seu
mando, um exército muito mais numeroso que o de Uzias. Uma multidão de anjos
anunciou o nascimento do Salvador, mas era apenas parte da milícia celestial.
O rei Uzias não tinha o direito de estar e nem de
ministrar no Lugar Santo para oferecer incenso. Era rei, escolhido para
empunhar o cetro e usar a coroa real e governar a nação de Judá. Porém, não era
sacerdote muito menos Levita, com o direito de levar o incensário ou usar uma
mitra.
Por causa da sua presunção e orgulho Uzias foi
ferido por Deus e ficou leproso até ao dia da sua morte. Foi excluído do Templo
e habitou numa casa “separada”. A concordância indica que era um tipo de
hospital. A raiz da palavra “separada” dá a idéia de “livre”. O rei Uzias foi
obrigado a viver isolado e privado de todas as suas funções e responsabilidades
reais.
O Deus que Isaías viu nunca será expulso do céu
como Uzias foi do Templo. Nunca virá a hora em que Deus será exonerado das Suas
responsabilidades divinas.
Azarias e mais oitenta sacerdotes protestaram à
presença do rei Uzias no Lugar Santo, mas os Serafins atestaram o valor,
excelência daquele que ocupava o Trono no céu e, proclamavam uns aos outros:
“Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos”.
O Profeta
A visão que Isaías recebeu foi oportuna, pois ele
viu a majestade do Senhor. A visão da magnificência do Senhor levou Isaías a
ver a sua própria insignificância. A pureza do Senhor fez com que Isaías
reconhecesse a podridão do seu próprio coração.
Isaías admitiu que fosse “um homem de lábios
impuros”. A sua linguagem era poluída, a sua conversa impura, as suas palavras
não sadias e de caráter duvidoso. Além de ser um homem de lábios impuros, ele
vivia no meio dum povo de lábios impuros.
O profeta viu o Senhor vivendo numa cena
absolutamente pura e perfeita e entre seres angelicais que jamais pecaram e que
pelas suas ações e postura reverente demonstravam grande respeito para com o
Ocupante do Trono celestial. Os serafins no céu nunca pecaram. Anjos podem
pecar e alguns já pecaram, mas os que continuam no serviço do Senhor não
pecaram. O Deus que Isaías viu é Santo, é-Lhe impossível pecar.
Antes de receber a visão, Isaías tinha prazer em
denunciar os outros. Capítulo 5 registra os “Ais” de denúncia de Isaías. Porém,
ele reconheceu que para transmitir a mensagem divina, ser enviado da parte de
Deus é absolutamente necessário que os lábios do profeta sejam purificados.
Sentir o toque da brasa do Altar.
Isaías, visualizando aquele serafim, vindo com a
brasa viva, vermelha, fumegante, em minha direção. Ele vai colocar esse troço
quente na minha boca! Se já dói horrores quando bebo um café quente ou tomo a
sopa sem soprar antes, trabalho em uma Aciaria participo e vejo o processo
siderúrgico quando temos um amigo ferido com aço liquido fumegante em chamas é
assustador a casos de haver até mesmo morte quanto mais à dor causada pela
brasa a brasa viva! Ela está inflamada de tanto calor. Será uma queimadura de
último grau!
Vivemos a pedir a Deus que nos mande Seu fogo. Mas
o fogo não fica apenas tremulando no altar. Ele queima e consome. Ele precisa
ser realimentado por carvão e madeira. Ele tem de ser mantido vivo. E, por
isso, ele está sempre consumindo tudo o que toca. A brasa viva, tirada do altar
com uma tenaz, está por tocar a boca do profeta e isso tem um propósito:
queimar o pecado que ele mesmo assumira, minutos antes.
Receber o fogo significa ser purificado. E isso
dói. Tem de haver o toque quente do fogo para que o pecado seja tirado. Ele
está por demais entranhado na boca. Não vai sair com uma lavadinha, como
aquelas que a mamãe ameaçava dar, com sabão de coco, quando a gente, criança,
falava uma palavra feia. Este tipo de sujeira precisa de outro nível de purificação.
Isaías, sabedor disso, pode ter sido tentado, como
eu seria, a colocar a mão na boca e evitar o toque da brasa. Mas a visão da
santidade de Deus é tamanha que não lhe permite fugir a seu pecado ou ao toque.
Ele aceita a dor de ser queimado para que o pecado seja extirpado. Ele aceita
queimar, pois só assim poderá encher-se do Espírito. Isaías teve sua boca
tocada pelo fogo; João Wesley sentiu aquecer o coração; Elias teve seu
sacrifício consumido pelo fogo do céu. E todos eles tiveram um ministério em
chamas para Deus. Quer ver o fogo no altar? Deixe-se queimar!
Senhor, apenas depois de ser tocada pelo fogo desta
brasa, será possível ouvir-Te dizer: A quem enviarei? E quem há de ir por nós?
Se assim é, dá-me coragem para enfrentar o Teu fogo purificador, a fim de que
minha vida sirva como instrumento Teu para resgatar a mim mesma e a outras
vidas do fogo eterno. Em nome de Jesus, amém!
Comentários
Postar um comentário