Dizímo
Introdução
Dízimo significa a décima parte de algo, paga voluntariamente ou através de taxa ou imposto, normalmente para ajudar organizações religiosas judaicas ou cristãs. Apesar de atualmente estar associada à religião, muitos reis na Antigüidade exigiam o dízimo de seus povos.Hoje, os dízimos são normalmente voluntários e pagos em dinheiro, cheque ou ações, enquanto historicamente eram pagos na forma de bens, como com produtos agrícolas. Alguns países europeus permitem com força de lei que instituições religiosas instituam o dízimo como obrigatório.
Origem do dízimo religioso
O dízimo nas religiões abraâmicas foi instituído na Lei de Moisés, estipulado para manter os sacerdotes e a tribo de Levi, que mantinha o Tabernáculo e depois o Templo, já que eles não poderiam possuir herdades e territórios como as outras tribos. Também dízimo que era dado em forma de mantimento era usado para assistir os órfãos, viúvas e os pobres. Depois da destruição do Templo no ano 70 DC a classe sacerdotal e os sacrifícios foram desmantelados, assim os rabinos passaram a recomendar que os judeus contribuissem em obras caritativas.
Devemos esclarecer a doutrina Bíblica do dízimo por se tratar de um assunto muito importante para o sustento
da obra de Deus e da mordomia cristã, ou seja, do serviço e consagração da vida e dos bens do salvo a Deus.
É necessário um esclarecimento, também, por causa de escritos errados de algumas pessoas que, apesar de terem boa posição em outras áreas, estão cometendo o erro sério de negar o dízimo e criticar os que o defendem como abusadores do povo de Deus.
Talvez por causa do abuso em muitas denominações, muitos têm partido para o outro extremo, negando totalmente este ensino. Os opositores do dízimo precisam de contorcionismos teológicos para negar que o dízimo é um ensino e princípio claro nas Escrituras. Vejamos, portanto, 8 provas Bíblicas e claras, que mostram que a prática de dar o dízimo é uma doutrina evidente no Novo Testamento e deve ser obedecida por todo o crente fiel.
O texto clássico
Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Ml 3.8-10 Este é o texto clássico usado para ensinar aos membros da igreja a prática do dízimo, isto é, a entrega à igreja de 10% do salário bruto mensal. É concordância generalizada entre os evangélicos que o dízimo não é dado, mas sim “devolvido” a Deus. Doutrina, por mais atrativa que seja, não pode ter sua autoridade respaldada pela experiência. O texto sagrado deve ser o único pilar sobre o qual se assenta o ensino.
Qualquer outro alicerce deve ser considerado supérfluo e indesejável. Sabemos também que a doutrina não pode ser baseada num único texto. É necessário que haja uma concordância com outras partes do Livro Santo. Examinemos se o dízimo, tal como é ensinado acima, confirma-se à luz das Escrituras.
O dízimo foi instituído antes da lei:
O dízimo está acima da Lei?
Em Gen 14:20, ou seja, na dispensação da Promessa (ou dos Patriarcas), Melquisedeque (tipo do Senhor Jesus Cristo no Velho Testamento) recebeu o dízimo de Abraão. Vejamos que este fato aconteceu aproximadamente 600 anos antes da lei ser dada, portanto o argumento dos avarentos de que o dízimo pertence à lei é totalmente descabido. Em Heb. 7:5-9 vemos a confirmação desse fato e não há uma só referência que o mesmo tenha sido abolido. Em Gen. 28:22 temos Jacó também dando o dízimo. Existe uma passagem em Gênesis 14.20 – E de tudo lhe deu Abrão o dízimo – que é usada para defender a prática do dízimo como supra-legal, ou seja, acima da lei. Eis o argumento: Abrão deu o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, antes da Lei ser estabelecida. Logo o dízimo é antes da Lei. Portanto o dízimo perdura após o fim da Lei. O dízimo foi cobrado por Deus: Lev. 27:30, Num. 18:24-28; Mal. 3:8-10, pois tudo é dEle não apenas 10%: Em Sal. 24:1 e em 1Co. 10:26, 28 aprendemos que tudo pertence a Deus. Isso inclui o corpo,
talentos e todos os bens do salvo. Na verdade é uma maravilha e bondade dO Senhor pedir apenas 10% da nossa renda para a aplicação direta no sustento da igreja local.
O Novo Testamento ensina a prática do dízimo?
O dízimo nunca foi abolido no Novo Testamento, pois o ministério de preservar e pregar a Palavra de Deus continua: Luc. 10:7: No Velho Testamento havia a necessidade de manter o serviço de Deus quer ao oferecer sacrifícios, quer no Tabernáculo e depois no Templo e incluindo a preservação e pregação da Palavra de Deus. No Novo Testamento, este serviço foi transferido para as igrejas locais que são chamadas "colunas da verdade" que tem suas despesas mensais como por exemplo, a manutenção de missionários e o salário do pastor. O dízimo foi confirmado pelo Senhor Jesus Cristo no Seu ministério: Mt. 23:23; Lc. 11:42; 1Co. 9:13-14: Dois terços de todas as parábolas contadas pelo Senhor Jesus teve o dinheiro com o assunto. Isso não é uma coincidência, porque muitas pessoas têm o dinheiro como um "deus".
Em 1Co. 16:2., o princípio das ofertas é o mesmo do dízimo: Note que nas ofertas o princípio "conforme a sua prosperidade") foi usado. Em 2Co. 8:1-4; Gál. 6:6; 1Ti. 5:18 temos o salário do pastor que era pago com os dízimos. O dízimo é um princípio e não apenas um mandamento. Aquele que nega o dízimo está colocando Deus de fora da equação como fez o homem rico da parábola em Luc. 12:15. Ali vemos que aquele homem prosperou, mas ele não tinha tempo para Deus, por isso foi chamado de louco.O apóstolo Paulo organizou uma grande coleta para os necessitados da Judéia. As duas epístolas aos Coríntios trazem referência a esta coleta: Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. 1 Co 16.1-2 Nos capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios, Paulo desenvolve seu ensino acerca das contribuições. Estes textos se referem à alegria da contribuição, à generosidade, à liberalidade, à presteza em ofertar: E isto afirmo, aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. (9.6)
O dízimo é um princípio e não apenas um mandamento.
Aquele que nega o dízimo está colocando Deus de fora da equação como fez o homem rico da parábola em Luc. 12:15. Ali vemos que aquele homem prosperou, mas ele não tinha tempo para Deus, por isso foi chamado de louco.
Uma mera oferta não se qualifica para o caráter de compromisso, continuidade, pontualidade e periodicidade que o trabalho de Deus requer para o sustento continuado, periódico e initerrupto. Somente o dízimo pode suprir esta necessidade. Muitos não querem dar o dízimo para que a sua atitude errada de não se submeter à igreja local seja revelada. Muitos dão o dízimo ao seu "bel prazer" entregando-o a "Sociedades Bíblicas" ou a "Seminários", a "Ministérios" etc... Isso é um erro grave pois não é esse o plano de Deus para proclamar o Evangelho. A nenhuma dessas instituições O Senhor Jesus deu a grande comissão em Mat. 28, mas somente à Sua igreja e a mais ninguém.
Dízimo sob a ótica protestante
Também está registrado no contexto, esses dízimos deveriam ser instrumentos de auxílio social, notadamente para os levitas, estrangeiros, órfãos e viúvas. Os próprios sacerdotes, devido a um afroxamento no rigor de cumprir a Lei e desvios na conduta dos homens que cuidavam do serviço sacerdotal, foram avisados e amaldiçoados por Deus, no ministério do profeta Malaquias. E foram advertidos que se não mudassem de comportamento em relação às ofertas e ao dízimo, Deus tornaria as suas bênçãos em maldição e mandaria o anjo do Senhor para preparar os Seus caminhos a fim de que viesse Jesus Cristo com uma nova doutrina. os protestantes utilizam-se de várias formas para a manutenção, como ofertas voluntária doações associações, etc.: Mas mesmo assim a prática do dízimo é empregada hoje por várias denominações pentecostais ou neo-pentecostais.
Conclusão
Todos os cristãos por ocasião de sua convivência de fé nas palavras das Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamento são a Palavra de Deus e a única regra de fé e pratica. a doutrina bíblica do dízimo nunca prejudicará a vida da igreja e nem se quer de seus membros e que a verdade jamais será perniciosa; pelo contrário, se tivermos a determinação de ensinar que os membros são livres para dar ou não dar, que não há patamar mínimo exigido, que Deus ama a quem
dá com alegria, que devemos ser generosos, guardar-nos da avareza, ser prontos em repartir, acumular tesouros no céu... Deus responderá derramando sobre a Sua igreja bênçãos sem medida. Só porque a palavra não é freqüente no Novo Testamento não é argumento válido, o princípio do dízimo está claro. Outras palavras nem sequer ocorrem no Novo Testamento, mas são doutrinas inquestionáveis como
Trindade; Depravação Total, etc.
O fato de que algumas pessoas não sofrem ainda com o devorador (Mal. 3:9, 11), que Deus mandou como um castigo para os ladrões que negavam o dízimo do Senhor, isso não significa que elas não estão roubando a Deus.Quem nega o dízimo e dá o dízimo ou mais do que o dízimo está sendo hipócrita; Quem nega o dízimo, geralmente dá menos do que o dízimo. Está sendo avarento; Quem não tem competência para viver com 90%, não tem para viver com 100%. 90% com Deus é infinitamente melhor do que 100% sem Deus.
Bibliografia:
Pr. Pedro Almeida.
Túlio Cesar Costa Leite.
O Pensamento Econômico e Social de Calvino.
Comentários aos Cinco Livros de Moisés.
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Muito Interessante esse assunto parabéns!
ResponderExcluirOk Agradeço os comentários Deus os abençoe!!!!
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